Por: Paulo Pedroso
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Na área da Gnosiologia, há pelo menos duas teorias básicas que são pontos de partida fundamentais para a compressão do assunto e das demais teorias relacionadas.
Na área da Gnosiologia, que investiga a essência do conhecimento, há pelo menos duas teorias básicas que são pontos de partida fundamentais para a compressão do assunto e das demais teorias relacionadas. Elas são: Realismo e Idealismo, duas correntes antagônicas. As duas teorias divergem sobre qual é o fator determinante para o conhecimento: sujeito ou o objeto. Buscam encontrar na relação entre ambos, o conhecimento e a possibilidade de objetos existirem na ausência do sujeito.
O termo Realismo no sentido epistemológico considera que o objeto determina o conhecimento e que as coisas seriam reais e o sujeito as conhece tal como são, pois a realidade é tal como é, independente, portanto, do sujeito que a observa. As várias vertentes de Realismo divergem entre si sobre a participação e a percepção do sujeito e suas possíveis variações, mas ainda assim sempre atribuindo a realidade e o conhecimento ao objeto. Quaisquer ideias ou sensações que possam divergir entre sujeitos distintos têm necessariamente seu início em algo provindo da realidade. Alguns principais autores que abordam e sustem essa teoria, são Thomas Reid, Adam Ferguson e Dugald Stewart.
O Idealismo, por sua vez, é um termo usado para mais de uma corrente filosófica. No contexto deste texto, em específico, refere-se exclusivamente ao Idealismo Epistemológico, teoria oposta ao Realismo, e que considera que o fator determinante para o conhecimento é o sujeito. Segundo o Idealismo não há realidade fora da consciência, a realidade é uma cópia imperfeita, uma representação, e as coisas não existem por si mesmas, não há preexistência de objetos, e a realidade é formada a partir do sujeito durante a interação que este formula com objetos, sendo que estes existem somente na consciência do sujeito.
No Idealismo as coisas existem enquanto podemos pensá-las ou percebê-las e a realidade não é a coisa em si, mas a imagem da coisa formada na consciência do sujeito e, neste âmbito, só é possível conhecer o que se converte em pensamento ou já é abstrato, como uma ideia. As vertentes do Idealismo divergem sobre a realidade partir de uma consciência individual ou objetiva (científica) e também se o processo de conhecimento é psicológico ou lógico. Alguns dos principais autores dessa teoria são Platão, Berkeley e Hegel.
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9 Comments
S. M
Tinha uma pequena dúvida quanto à definição e propósito do “idealismo” e fiquei esclarecido. Obrigado pelo texto explicativo, de fácil compreensão e assimilação, “Acervo Filosófico”!
Acervo Filosófico
Olá, Sérgio! Tudo certo? Muito obrigada, fico feliz em saber que fomos capazes de ajudá-lo. Seja sempre bem-vindo! Caso tenha outras dúvidas/sugestões/opiniões em geral, só entrar em contato. Um grande abraço!
Elisabete
Obrigada, me ajudou demais!
Acervo Filosófico
Nós é que agradecemos, Elisabete! Ficamos felizes em saber que a ajudamos. Seja sempre MUITO bem-vinda ao nosso site! Um grande abraço!
Gabi
Muito bom! O site é muitoo lindo <3
Acervo Filosófico
Oi, Gabi!! Tudo bem? MUITO obrigada pelo elogio, fico muito feliz com o seu comentário! Seja sempre bem-vinda ao Acervo Filosófico! Segue a gente nas redes sociais, temos perfil no Instagram, no Twitter, página no Face e também um canal no Youtube. Um grande abraço, tenha um excelente domingo!
Luccas Bergami
Estava procurando sobre o debate clássico entre o realismo ético socrático e o realismo pragmático de Trasímaco, mas o post me levou a refletir sobre outras coisas que são tão interessantes quanto. Se o idealismo diz que a realidade não é a coisa em si e a realidade é só o que poderia ser por depender da consciência, posso pensar que Kant e Spinoza também eram idealista?
Não sei se fui claro, mas espero que vocês possam ter entendido minha dúvida haha.
Muito obrigado pelo post, sempre enriquecedor! 🙂
Name *Elias
A expressão máxima do idealismo está na frase de Berkeley: “ser é ser percebido”. No entanto, o problema do idealismo é creditar à consciência o poder de conhecer as coisas por ela mesma, assim como o problema do realismo está em acreditar que se possa conhecer as coisas apenas a partir delas mesmas. O papel da fenomenologia é justamente desfazer esse mal entendido, mostrando que não existe consciência em si nem objeto separado da consciência. É sempre um para o outro.
Name *Alice Ladeia
Tinha que estudar para um seminário, ajudou muitooo